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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Tchau, papai!

Gênero: drama/suspense

Sinopse: O policial Rubão sempre foi um servidor público esforçado que, como tantos outros policiais honestos que trabalham na corporação militar, luta para conquistar seu lugarzinho ao sol. Mas aconteceu que depois de tanto tempo vivenciando aquela rotina de ter que enfrentar coisas tão pesadas e às vezes sem solução, sua personalidade antes calma e pacata, certo dia acaba se transformando completamente.

Tchau, papai! (amostra)

Rubão ergueu a palma grossa da sua mão, e em seguida a desceu com toda sua força sobre o rosto suave da esposa Elizabeth. “Plaft!”, foi o barulho que estalou com vontade, e a seguir, ricocheteou tímido pelos quatro cantos da pequena cozinha. Oswaldinho, o raquítico filho de cinco anos do casal, que até então assistia Bom dia e Companhia na sala, com o vozerio que se seguiu na cozinha veio correndo pra acudir a mãe. Depois, enroscado na sua saia, permaneceu imóvel entremeio os dois, enquanto ouvia o pai estrebuchar grossas salivas aos quatros ventos:

— SUA ANTA DO CARALHO! QUANTAS FORAM ÀS VEZES QUE TE FALEI PARA ECONOMIZAR NO PÓ DE CAFÉ, PORRA! TÁ ACHANDO QUE DINHEIRO DÁ EM ÁRVORE É? 

Do além

Gênero: Mistério/suspense

Sinopse: Sabe quando estamos muito estressados e, do nada, a vida vem e nos presenteia com algo bom? Pois é, e viver esta experiência boa é um baita alívio, não é não? Bem,... Menos para o doutor Igor que, após tanta correria pra resolver a questão das terras da sua bisavó, no último dia de trabalho ele acaba por atender um casal de velhinhos muito simpáticos, mas que no final, acabam é deixando o advogado com uma baita pulga atrás da orelha.

Do além (amostra)

Doutor Igor precisava definir logo a situação dos documentos das terras que seriam herdadas por sua família, pelo menos enquanto houvesse fôlego de vida em dona Rute, a quase centenária bisavó. E como único advogado formado entre os parentes, já era mesmo esperado que todo o serviço notarial recaísse sobre seus ombros.

A história que a família ouvia desde sempre, era que quando dona Rute era muito jovem, caridosa como era, decidira doar metade das terras — às mesmas que ela herdara após o falecimento precoce dos pais — para a prefeitura de São Paulo, com intuito de favorecer a população mais carente num programa de moradias, tão vultuosamente prometida pelo governo em constantes propagandas de televisão. 

Entretanto, como na época que isso ocorreu, a imobiliária responsável pela venda dos terrenos já fracionados não esperou a devida regulamentação dos projetos de desmembramento das terras de dona Rute, — que demoraria décadas à frente para finalizar — acabou forçando aqueles que já tinham comprado seu pedaço de terra, a utilizar-se de simples contratos de gaveta, sem qualquer valor fiscal.